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19 de julho de 2025
Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Fred Moraes
A construção de um túnel na região do Portão do Inferno, na MT-251, estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá), ainda é solução incerta e terá um valor ainda mais alto do que o projeto inicial de recorte do paredão.
Nesta quinta-feira (17), o secretário de Infraestrutura do Estado, Marcelo de Oliveira, colocou dúvidas ao projeto alternativo anunciado pelo governo do Estado no fim de junho, surpreendendo o próprio governador Mauro Mendes (União), nesta sexta-feira (18).
Enquanto Mendes garante já ter aprovado o projeto apresentado por técnicos da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra), Padeiro adotou outro tom, alegando que a definição sobre o que será feito no local ainda depende de estudos que devem ser concluídos em até 20 dias.
“Pode ser, pode não ser”, resumiu o secretário ao ser questionado sobre a construção do túnel. “Quem que falou em túnel? Eu não falei. Eu não sei ainda, esperar um pouquinho. Talvez dentro de uns 15, 20 dias a gente tenha a resposta”, declarou Padeiro.
Já o governador Mauro Mendes se disse surpreso com a fala do secretário. Durante agenda nesta sexta-feira (18), em Várzea Grande, ele reforçou que a proposta do túnel foi apresentada oficialmente em reunião técnica e que já havia autorizado o avanço do projeto.
“Se ele falou isso, é diferente do que falou para mim na última reunião. Ele apresentou oficialmente esta solução e eu dei o ‘ok’ para prosseguir com o projeto. Se mudou, ele não trouxe para mim. Eu não converso atravessado. Se falei isso publicamente, é porque recebi tecnicamente na minha sala os técnicos com o secretário e me foi apresentado isso”, garantiu Mendes.
Mariana da Silva
O governador ainda explicou que a construção do túnel representa um custo maior do que o projeto anterior, de retaludamento (corte e estabilização da encosta), mas, ainda assim, custa menos que outras opções analisadas.
Obra iniciada
Conforme noticiou o GD, o governo de Mato Grosso já pagou cerca de R$ 10 milhões pelo serviço executado nas obras do paredão do ponto turístico. O valor é referente ao investimento do primeiro projeto, que foi descartado esta semana diante de inviabilidade.
O contrato original previa um investimento de R$ 29.582.403,57, mas com os aditivos assinados ao longo da execução, o valor total saltou para R$ 37.646.541,14.
Mendes, por sua vez, disse que além da diferença de valores, o túnel também exige a rescisão do contrato atual com a Lotufo Engenharia e Construções LTDA e uma nova licitação, o que pode atrasar ainda mais a solução definitiva para o trecho, que segue operando com interdições e riscos para quem trafega.
“É uma estimativa ainda superficial, mas ele [o túnel] é um pouco mais caro que a atual solução, porém muito mais barato que outras alternativas”, pontuou.
Ainda não há datas para retomada das obras no trecho. Essa semana, uma audiência pública foi realizada em Chapada dos Guimarães para tratar sobre o problema, que se arrasta há anos e tem causado grande impacto à economia da cidade.