Finalmente o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), decidiu investir em publicidade institucional. A segunda maior cidade de Mato Grosso, com 315 mil habitantes, passou os últimos dois anos no mais absoluto anonimato, sem qualquer traço robusto de mídia nos veículos de massa como rádios, emissoras de televisão, sites de notícias, revistas e jornais.

Na tentativa de recuperar a imagem pública, bastante arranhada por falta de comunicação efetiva e clara, Baracat autorizou a secretaria municipal de Comunicação, ao comando do veterano jornalista, Marcos Lemos, o Marcão, a soltar na praça o edital de licitação, encalhado há mais de 25 meses nas gavetas do Paço Couto Magalhães.

Conforme publicado no Diário dos Municípios (veja abaixo), a licitação de R$ 12,5 milhões ocorrerá no dia 4 de abril, a primeira etapa. Na sequência, segue o certame com criterioso julgamento técnico, preço, entre outros requisitos burocráticos.

Para lastrear o valor global da Concorrência Pública, a prefeitura recorreu a três fontes distintas de receitas próprias: Secom, Saúde e Educação (veja abaixo). As agências de publicidades vencedoras ficarão responsáveis pela produção, veiculação e pagamento de campanhas institucionais divulgadas nos veículos de comunicação de Cuiabá e Várzea Grande.

O contrato de 12 meses, conforme prevê a lei das licitações públicas, poderá ser renovado, por até cinco anos, sem a necessidade da realização de um novo certame público. Ainda em conformidade com a lei 14.133, a prefeitura várzea-grandense poderá aditivar o referido contrato em até 25%, acrescido de reajuste inflacionário, o que, na prática, eleva o valor final para aproximados R$ 16 milhões ao ano.

Como se trata de julgamento subjetivo, é bem provável que ocorram recursos nas fases técnicas, além da real possibilidade de judicialização, o que pode demandar tempo e postergação para assinatura do contrato entre as partes, último ato, prefeitura e as agências de publicidade vencedoras.