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16 de junho de 2025
O governador Mauro Mendes (União) criticou duramente os vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá por aprovarem a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a intervenção do governo estadual na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A intervenção foi chefiada pelo procurador do Estado, Hugo Fellipe Lima, de 28 de dezembro de 2022 a 6 de janeiro, por uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A medida, no entanto, foi barrada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Mendes afirmou que os vereadores deveriam concentrar o trabalho em investigar as denúncias em relação à Saúde da Capital. Ele ainda citou a prisão do ex-secretário de Saúde, Célio Rodrigues, acusado de R$ 1 milhão em desvio de dinheiro público.
“Seria uma boa oportunidade da Câmara abrir uma CPI para investigar o denunciado e preso ex-secretário, que está levando nota fria para a Secretaria e sacando dinheiro na boca do caixa”, afirmou.
“Se os vereadores não investigarem isso, é a maior pouca vergonha da história da Câmara de Cuiabá. Vai entrar para o Guinness Book também”, acrescentou.
A CPI contou com 15 assinaturas de vereadores aliados do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e propõe investigar supostos abusos de autoridade cometidos pela equipe de intervenção nomeada pelo Governo do Estado.
À imprensa, o governador questionou a CPI em contraste com o silêncio dos vereadores em relação à Operação Hypnos, que denunciou o suposto desvio de R$ 1 milhão da Saúde de Cuiabá, por meio de uma compra fictícia do medicamento Midazolan.
Além do ex-secretário preso pela segunda vez, outros dois servidores da Empresa Cuiabana de Saúde também foram alvos da operação e foram afastados de suas funções. Eduardo Vasconcelos, coordenador administrativo da empresa, foi apontado como “principal aliado” de Célio no esquema.
“Um caso foi denunciado, mas será que foi só um ou terão dezenas, centenas? A Câmara vai ficar quieta quando o cara estava roubando dinheiro da Saúde e as pessoas morrendo por falta de remédio na pandemia e até hoje?”, questionou Mendes.