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Ex-secretário de Saúde volta a ser preso em operação da Polícia Civil

Ação apura um suposto esquema de corrupção que teria se instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública

 

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues foi preso, na manhã desta quinta-feira (9), na operação Hypnos, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).

A ação apura um suposto esquema de corrupção que teria se instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública no ano de 2021.

As ordens judiciais são do juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça.

Também são cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliar, dois afastamentos cautelares de exercício da função pública, além do sequestro de R$ 1 milhão, que recaiu sobre o patrimônio de duas pessoas e da empresa, investigados por suspeita de participação no esquema.

Na residência do ex-secretário Célio foi apreendido aproximadamente R$ 30,9 mil em dinheiro.

O ex-secretário já havia sido preso pela Polícia Federal, em outubro de 2021, no âmbito da Operação Cupincha, que apurou esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro.

Naquela ocasião, foram presos também os empresários Paulo Roberto de Souza Jamur e Liandro Ventura da Silva.

Investigações

A operação desta manhã teve como base relatórios de auditoria da Controladoria-Geral do Estado que apontaram indícios de desvios de recursos públicos na ECSP e, a partir disso, foram constatadas diversas irregularidades em alguns pagamentos, na ordem de R$ 1 milhão.

Segundo a investigação da Deccor, esse dinheiro pode ter sido desviado dos cofres da saúde pública do município de Cuiabá e teria sido direcionado de forma indevida em plena pandemia de covid-19.

As apurações apontam que, em tese, foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa que, segundo levantamentos realizados, seria composta por pessoas que não teriam condições de administrá-la, bem como não possuiria sede física no local informado em seu registro formal. Essas evidências podem demonstrar tratar-se de uma empresa fantasma, cujos sócios administradores seriam laranjas.

Ainda, os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam chegado a dar entrada no estoque da ECSP.

Outro Lado

A Prefeitura de Cuiabá se manifestou por meio de nota. 

Confira documento na íntegra:

“Que a Empresa Cuiabana de Saúde Pública, que administra os hospitais São Benedito e Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), não foi alvo da operação e está à disposição para auxiliar as autoridades policiais, mantendo o compromisso de atuação com lisura e transparência;

Reforça ainda que as medidas cautelares aplicadas atingem o âmbito residencial de dois servidores que atuam no HMC.”

FONTE: CBN CUIABÁ

 

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